sábado, 23 de maio de 2015

A dificil missão de criar os filhos para o mundo


Esses dias vi uma frase no Facebook postado pelo Instituto Ruben Alves que dizia que "há dois presentes que devemos dar aos nossos filhos; um são raízes, e o outro são asas." Na verdade já tinha visto algo semelhante dizendo que devemos dar aos filhos asas para voar e raízes para ficar, mas quando temos um bebê, aquele serzinho frágil totalmente dependente de nós, parece meio surreal pensar que não será nosso (e só nosso)  para sempre.
Aos poucos deixamos de ter o único colo que acalma, ser a única que consegue fazer domir. Devagar ele começa a andar e a se tornar cada vez mais independente, e sutilmente vamos nos tornando menos necessárias e muito menos insubstituíveis. Os coleguinhas e as professoras chegam depressa, uma nova rotina se consolida e devagarinho as tarefas da escola já não requerem nossa ajuda. Os amigos passam a ser referência e você já não é tão "esperta" como eles (e você) pensavam.  Aos poucos começam a ter curiosidade e segurança para explorar o mundo que é grande e, por isso, cada vez eles se afastam mais e nós vamos nos tornando apenas observadores. É aí que entra a nossa tranquilidade em acreditar que fizemos o melhor que pudemos, que ensinamos os valores que realmente importam.
Os filhos crescem e que bom que isso acontece. Sinal de saúde, de que as coisas caminham bem. O que nos resta é rezar (o que não é pouco) e ter fé para aceitar que eles cresceram, entregando-os nas mãos de Deus para que Ele os proteja e conduza.
Entregamos nosso maior tesouro para o mundo. É fato consolidado e inevitável. Ah, mas que saudade de quando eram só nossos!

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