Paris e Normandia com crianças

Por alguma razão não consegui planejar nada nessa viagem para a Franca. Provavelmente alguma reacão traumatica inconsciente já que tivemos que cancelar nossa ultima viagem pelo mais triste dos motivos, o falecimento do papai.  Na verdade nem lembrava que hotel tinha reservado.

E foi assim, diferente das outras viagens, sem muita expectativa e planejamento que saimos de Glasgow para o aeroporto CDG.

Foi uma viagem rápida e chegamos a tempo de curtir uma agradável caminhada do hotel até o Arco do triunfo. O hotel, apesar de não ser muito bom, é muito bem localizado. Assim fomos saboreando lentamente, tirando fotos, curtindo o por do sol, passamos pela Opera, Madelaine, place de Concorde e nos deixamos contagiar pela alegria e exberância da Champs Elisee.

Os dias estavam lindos! Um outono ensolarado que contrariava a previsão. Assim, nosso meio de transporte básico eram nosso queridos pezinhos. Realmente é delicioso caminhar por Paris!

Construimos um roteiro que tem como base o roteiro de 4 dias da Lina do Blog Conexão Paris. Como estávamos com criancas fizemos o roteiro com mais calma e seguindo algumas dicas procurávamos intercalar passeios mais “culturais” com outros ao ar livre. Assim, acrescentamos alguns passeios como o jardim de plantes quando fizemos o roteiro do Marais e o jardim de Luxemburgo quando fomos a Saint German des Preis.

No segundo dia siamos do hotel passamos pela place Vendome, Jardim de tuleries e seguimos em direcão a Saint Chapelle e Notre Dame. Entramos apenas na Saint Chapelle (Que é linda e justamente pode ser aclamada como uma das maiores obras de arte do mundo ocidental). 

De lá seguimos em direção ao Quartier latin onde almoçamos. Como as crianças gostam, faziamos um almoço bem demorado e aproveitávamos para repor as energias. Do restaurante seguimos para o Pantheon. Como meus filhos são maiores, 10 e 13 anos, um artificio que costumo usar para aumentar o interesse das criancas é sempre fazer com que eles compreendam a história do local e características dos prédios e monumentos. O contraste de estilos arquitetônicos foi bem ilustrativo e ajudou a melhor compreender e fixar as características arquitetônicas dos dois prédios. As crianças estão feras e apontam, sem vacilar, as características arquitetônicas do gótico e do clássico-romano. Orgulho da mamãe!!!

Do Pantheon fomos para os Jardim de Luxemburgo e para finalizar este dia pegamos o Bateaubus que faz 8 paradas ao longo do Rio Sena (substituiu benzíssimo o metrô e possibilitou curtir diferentes angulos da cidade) e fomos  ver o sol se por na Torre Eiffel.

Aproveitando nosso segundo dia de Bateaubus fomos ao Jardim de plantes e almoçamos num restaurante bem típico na aconchegante Ile Saint Louis. De lá seguimos para o Marais. Passamos pela Place des vogues, no Museu Pompidou, pegamos o barco no Hotel de ville e fomos ver o por do sol na torre Eiffel (de novo). Enfrentamos uma fila ENORME para subir na torre mas valeu a pena! As criancas ficaram maravilhadas! A Julia queria voltar lá todo dia!

Um dos maiores atrativos para as criancas nesta viagem era conhecer Giverny. Desde pequenos as criancas gostavam de ler o livro “Lineia nos jardins de Monet” e este passeio não poderia ficar de fora de nosso roteiro. Lembro muito bem da Júlia ainda pequena falar que queria de aniversário de 15 anos uma viagem para Paris, e não pra Disney como a maioria, exatamente por causa deste livro. Assim, nosso quarto dia comecou pegando o trem às 8:20 da manhã e fomos para Vermon. Depois de lá pegamos o ônibus e fomos para Giverny que mesmo no outono estava muito bonito. Depois da torre Eiffel foi a atração de maior sucesso !! O jardim é mesmo muito bonito mas deve ser ainda mais explendoroso na primavera. Foi tudo bem fácil e antes das 14 horas já estávamos em Paris novamente. 

Voltamos para Paris e fomos para o Louvre. Na quarta-feira o museu fica aberto até às 22:00 e no final da tarde a fila já estava bem pequena. Claro, que não vimos TODO o museu. Focamos nas grandes atracões e nas antiguidades egipcias, gregas e romanas que as criancas tinham mais interesse. É inacreditável a energia e empolgacão que eles ainda tinham quando sairam do museu.

Apesar de termos visitado várias atracões que somadas faziam valer a aquisicão do museum pass, não fizemos essa opcão porque teríamos que fazer em dois dia e como estávamos bem”slow”não valeria a pena.

No quinto dia fomos ao museu DOrsay  mas não entramos pois o museu estava em greve…Foi uma pena mas mesmo assim valeu a caminhada pelos artistas que estavam na entrada. Uma banda que tocava jazz de primeira e um senhor que fazia perfis das pessoas com uma tesoura. Encantador!!O resto do dia aproveitamos para simplesmente “flanar”

Após conhecermos Paris, alugamos um carro e fomos para a normandia. Confesso que estávamos um pouco receiosos de pegar um carro em Paris mas outra dica preciosa tirada do blog da Lina foi de sairmos de Porte Maillot. Foi realmente muito tranquilo! As estradas são lindas e muito bem sinalizadas. E com o GPS, realmete, não tem erro. Inclusive, para nós quatro o aluguel ficou bem mais em conta que a passagem de trem para Rennes. Achamos que value muito a pena!

Esse final de viagem foi mais corrido por termos dormido cada dia em um lugar, mas como eram cidades menores não foi cansativo. Saimos de Paris e fomos para o Mont St- Michel. Aproximadamente 3:30 de viagem. Adoramos! Uma grande dúvida que tínhamos era se passávamos a noite lá ou não. Decidimos ficar e achamos que valeu muito a pena por ver o Mont iluminado.

No outro dia seguimos para Etretat.

Sabe amor a primeira vista? Pois é, desde a primeira vez que vi a foto daquele elefante em um post do Conexão Paris que coloquei em minha cabeça dura que iria conhecer este lugar na primeira oportunidade. Por sorte, o destino não me fez esperar muito e o que eu posso dizer é que as fotos que me encantaram, nem de longe, revelam a verdadeira beleza do lugar.

As falésias são lindas e a trilha apesar de íngreme é bem tranquila. As crianças não tiveram o menor problema. E ainda teve a cereja do bolo…Nosso hotel… Que charme!

Geralmente optamos por ficar em hotéis de rede por dois motivos:

1-      sabemos o que podemos esperar: geralmente novos e limpos, para esta família mega alérgica, é sempre importante.

2-      A maior parte das vezes nos acomoda no mesmo quarto.

O problema é que a grande vantagem, a padronizacão, também é a grande desvantagem, falta de personalidade e charme.

Mas às vezes, com algumas boas referências no Booking.com e Tripadvisor a gente arrisca e quando acerta…é espetacular! Foi o que aconteceu neste caso. Hotel familiar aconchegante, com um atendimento cuidadoso, móveis antigos e charmosos. E foi nele que acordei nodia do  meu aniversário agradecendo a Deus por me dar essa família linda que eu amo tanto e por ser tão feliz. Merci! Merci! Merci!

Finalizando nossa viagem fomos para Rouen.

Rouen tem um centro histórico muito bonito e conservado e muita histórica pra contar. Foi lá que Joanna D’arc  foi condenada e morta. A cidade foi bombardeada durante a Segunda Guerra Mundial, mas vários monumentos foram reconstruídos e restaurados. O ponto alto é a catedral gótica, famosa por ter sido pintada várias vezes por Monet.

Rouen é uma cidadezinha muito bonitinha e agradável, mas acho que acabou nos encantando menos, primeiramente, por ser no fim da nossa viagem. Já estávamos cansados de turistar! Além disso, pra ser bem sincera, depois de Paris, Mont-St-Michel e Etretat, Rouen acabou ficando meio “apagadinha”. Se algum dia for recomendar esse roteiro pra alguém, indicaria começar a viagem pela Normandia por aqui. Assim, evitarei injusticas..

Quartinho do Vinicius

Pra mim, uma das coisas mais desafiadoras em um projeto de decoração é deixar o ambiente com a "cara" do morador. Com tanta coisa linda pra se "inspirar" não é tão fácil sair do padrão e dos conceitos de beleza pré estabelecidos. 

Como arquiteta, confesso que é preciso coragem pois as pessoas querem o que já lhes foi colocado como "legal". Elas buscam por um determinado estilo e assim muitas vezes deixam o seu gosto de lado com medo de "errar'. 

Bom, devaneios a parte, voltemos ao quartinho do meu pequeno.

O quarto escolhido era o antigo quarto do Dan, meu filho de 14 anos que teve que se mudar para o quarto que foi feito na antiga sala de televisão, que passou a ser no escritório!!! (Percebe-se que a coisa por aqui foi animada, né?)

Queria aproveitar os móveis e, se possivel, dar novos usos a objetos. Assim, a mesa de estudo virou trocador e um antigo aparelho de chá se reinventou guardando produtos para higiene.

Também queria fazer, eu mesma, boa parte dos enfeites do quarto e tentar trazer uma energia especial para recebe-lo com todo o amor. 

Lembro que sentava na poltrona de amamentação, colocava uma música tranquila (alias, as que ele ouve até hoje) e naquele clima gostoso e de muita paz costurava lembrancinhas, quadros, móbiles... E não é para me gabar, mas ele adora cada detalhe que fiz. 

O quarto tinha uma parede azul. Inicialmente até pensei em cobri-la com papel parede, mas desisti logo que resolvi que o tema do quarto seria céu.

E o que tem no céu?

Nuvens, sol, chuva, pipas, aviões, passarinhos. Pronto! Estava tudo resolvido!

Um céu para receber o meu anjo.   

    

                  

Achei que ficou simples, mas acolhedor, além disso, ecologicamente correto. Bem a minha cara. 

E você? O que faz pra dar o seu toque em seus ambientes?

Ps: A maioria das dicas de artesanato com feltro peguei no blog da erica catarina que faz pecas maravilhosas em feltro.

#mãedenovo

Celebrando meu aniversario de 40 anos (exatamente no dia), com dois filhos maravilhosos, uma de 16 anos e outro com 13, me vi grávida de novo. Meu Deus! Depois de tanto tempo!

Surpresa, alegria, desespero, inseguranca, instabilidade, perda do chão. Filho é uma benção, a melhor coisa do mundo, mas será que eu ainda tenho pique, saúde pra encarar?

Com a vida profissional "bombando", cheia de duvidas, me afogando em incertezas (e nos hormônios) comecei a me preparar física (crises terríveis de hérnia de disco), emocional, e psicologicamente para a chegada do meu pequeno. 

Sim, já tinha pensado em ter outro filho algumas vezes. Venho de família grande e unida. Seria ótimo poder ficar velhinha e cheia de filhos, netos e agregados por perto. Pensava que assim conseguiria manter a Dona Solidão trancada em um canto qualquer sem que ela resolvesse aparecer  de tempos em tempos. Mas pensando racionalmente, quem é louco o suficiente para começar tudo de novo? Três filhos quando a média do país é menos de 2 (e caindo ano a ano) soa no mínimo insano. Nem o meu carro irá mais comportar! A casa precisa ser reformada. O que fazer com as escadas? 

Mas o destino desafiou minha falta de coragem e meu típico pensamento racional e planejado e me surpreendeu com um mocinho lindo que virou minha vida de cabeça pra baixo mas me fez ainda mais feliz.

Simplicidade: 3 conselhos básicos, mas decisivos

Já comentei que foi por causa de um vídeo que assisti que resolvi "abrir" meus arquivos e compartilhar minha vida.

Este tal vídeo é de um casal muito corajoso do blog Vida Larga com o qual me identifiquei (não por causa da coragem) mas pela busca por uma vida mais simples. Com certeza não exatamente do jeito e com a intensidade que eles decidiram, mas, ao meu modo, tentar fazer meu caminhar para uma vida mais leve em busca da tão almejada felicidade.
Poder viajar, conhecer novos lugares, voltar em lugares especiais,  saborear um bom prato e curtir momentos únicos com minha família. Viver largamente com respeito aos outros, ao mundo, à natureza, e, principalmente, à nós mesmos. Sem nos deixar levar pelas "imposicoes" que a sociedade moderna tenta nos colocar. 

Nesta  palestra eles compartiharam algumas dicas para viver uma vida mais simples.

A primeira foi a generosidade. De todas as formas. Se você pode ajudar alguém, ajude. Sem julgamentos ou preconceitos, simplesmente ajude. 

Ai meu Deus, como seria maravilhoso se todos pensassem e agissem dessa forma! Certamente teríamos um mundo bem mais bonito.

Expectativa. Quando eles falaram essa palavra confesso que nao entendi direito mas logo que eles foram explicando tudo ficou muito claro. Simplificando, a expectativa está relacionada ao que as pessoas esperam de nós, o que esperamos das pessoas e do mundo e até o que esperamos de nós mesmos.

E, por fim, a coragem. Coragem de ser diferente. Coragem de enfrentar críticas e incompreensão. Coragem para trilhar nosso próprio caminho e dizer não aos conceitos pré-concebidos de felicidade e realização.

Adorei as dicas. Válidas não somente para uma vida mais simples, para também para uma vida mais feliz.

Deixando de ser invisivel

Há algum tempo escrevo um blog. Este? Sim e não.

Me explico.

NÃO porque os arquivos eram arquivos do word que eu guardava em uma pasta chamada "Diário Moderno" e SIM porque o objetivo sempre foi o mesmo. Como me acho muito "desmemoriada" a idéia era transformar o antigo diário de papel em um diário virtual onde eu pudesse guardar reflexões e experiências.

O primeiro arquivo foi em 2011, quando meu pai faleceu e eu senti uma necessidade enorme de descrever meus sentimentos na tentativa de entender melhor (e tentar digerir) o que estava acontecendo.

Nessa mesma época, e provavelmente devido ao impacto dos acontecimentos, senti que a vida passava rápido demais. Meus filhos já estavam com 10 e 13 anos e eu tinha a sensação  de não lembrar de tantos momentos lindos. Pequenas coisas que na correria do dia a dia iam se perdendo.

Acho especialmente importante nos dias de hoje a oportunidade de viver, não apenas sobreviver. E poder reviver memórias nesse mundo agitado e corrido é ainda mais atraente. É mais ou menos como comer e poder sentir o gosto na hora desejada. É como rever a cena favorita do filme várias vezes. É permitir sentir, se emocionar, não simplesmente fazer, executar.

E assim venho tentando eternizar estes momentos importantes, porém só pra mim. 

No entanto, hoje assisti a um vídeo que me fez repensar este "egoísmo". Egoísmo pode soar forte, mas acho que representa melhor o que senti hoje ao perceber quanta ajuda, quanta informação e quantas dicas já peguei em blogs super legais e eu aqui com tudo trancado a 7 chaves. 

Não sei se vai ajudar alguém. Não sei se alguém se interessará. Afinal, é minha vida. Recheada de histórias deliciosas, mas nada inovadoras ou surpreendentes. Adoravelmente comum.