terça-feira, 28 de abril de 2015

Lisboa e Algarve

Depois de um atraso no vôo para Faro por causa de um forte nevoeiro, os dias em Portugal não poderiam ter sido (para a felicidade de todos) melhores. Lindos dias de sol!! Um pouco mais frio do que gostaríamos mas, de qualquer forma, bem mais quente que a chuvosa e ventosa Inglaterra. Então, saldo super positivo no quesito clima.

A Estrada Faro-Lisboa é muito boa, bem vazia, quase deserta e corta todo o Alentejo.

O Sul de Portugal tem uma densidade demográfica bem menor que o Norte e na estrada praticamente não se vêem cidades e pessoas. Movimento somente nas áreas de servico (local onde tem posto de gasolina e restaurante, mais ou menos de 40 em 40 km). Em menos de 3 horas (com uma rápida paradinha) chegamos a Lisboa.
O hotel que ficamos, HF Urban, é bem localizado (quase na praça Marques de Pombal), tem um staff bem simpatico, um bom café da manhã e, principalmente, um quarto família beeeem grande que nos acomodou confortavelmente.
Logo que chegamos ao hotel já saimos para explorar a cidade. Descemos pela rua da Liberdade, andamos um pouco pelo Rossio, passamos pela praça dos Restauradores e curtimos o pôr do sol na praca do Comércio.
Adorei o arco emoldurando a estátua e o mar…



Nos animamos a subir até o convento do Carmo. Lindo! Fiquei encantada! Como li no blog da Patrícia do Turomaquia fiquei saboreando aquela igreja “que não tinha teto, não tinha quase nada, mas que era tão poderosa e magna, que o que lhe faltava não lhe fazia falta!” Exatamente isso, mágico, deslumbrante, encantador, com uma força difícil de compreender...


Do Convento do Carmo seguimos para o Bairro Alto na esperanca de comer um recomendado bacalhau no restaurante Bota Alta, mas não sei se chegamos tarde demais para o almoço ou demasiado cedo para o jantar, o fato é que o restaurante estava fechado...SNIF..e tivemos que procurar um outro lugar para comer. No caminho encontramos um local charmosinho mas que ficou longe de matar nossa vontade de comer um bom bacalhau português. Na verdade, como já está virando tradição, comemos mal e caro. Digo tradição porque não sei se pela euforia da chegada ou pela ansiedade de provarmos uma delícia local ou talvez, simplesmente, por deixar de raciocinar na hora que a fome aperta, o fato é que sempre damos “azar” na escolha do primeiro restaurante de nossas viagens.
O dia já estava terminando mas ainda deu tempo de fazermos um “pit stop”na confeitaria Marquês de Pombal para tirarmos o “atraso”na sobremesa....

No segundo dia acordamos cedo, pegamos o metrô para a estação Oriente e fomos conhecer a parte mais moderna de Lisboa: o Parque das Nações e o Oceanário. A estação de metrô por si só já é uma atração, como de costume nos projetos do arquiteto Santiago Calatrava

Saindo da estação passamos pelo shopping Vasco da Gama e caminhamos para o Oceanário. As crianças amaram! Aliás, não só as crianças, nós também adoramos! Esquecemos o tempo e nos deixamos levar pela paz que o lugar trás.


Resultado, ao final do passeio a Júlia decidiu que queria ser um peixe mas como isso é um pouco difícil ela se contentará com um aquário, bem grande, no quarto...
Do Oceanário pegamos o teleférico e voltamos a pé para o shopping pois já passava da hora de almoçar.



Depois de quase 2 horas sem turistar, voltamos para o centro e ficamos flanando. Na verdade, até tentamos chegar no Castelo de São Jorge, chegamos a subir bastante, mas tinha muita obra e acabamos desistindo com a promessa de que voltaríamos no outro dia a bordo de um electrico (bonde).
Para recompensar nossos pezinhos sentamos para um chopinho e uma tosta na pastelaria Suica, além, é claro, de levar alguns docinhos para saborear no hotel.
No terceiro dia em Lisboa acordamos, tomamos um café  reforçado no hotel e fomos para a Praça do Comércio pegar o bonde para Belém.  O dia estava  lindo e o céu e o mar azuis  contrastavam com as construcões claras da torre, do Mosteiro dos Jerônimos (patrimônios da humanidade) e do Memorial do Descobrimento. Não sei se foi o costume com os dias cinzentos da Inglaterra, mas sei que achamos o azul do céu e do mar de Portugal mais azuis do que o normal…


Descemos no Memorial do Descobrimento, onde Pedro Alvares Cabral saiu em 1500 e "descobriu" o Brasil. De lá caminhamos até a Torre de Belém que foi construída para proteger a cidade na época do rei Dom Manuel.

A gente sempre fica com aquela dúvida: Entra? Não entra? Ainda bem que entramos.Tanto na torre quanto no Mosteiro os detalhes são maravilhosos. 


O mosteiro tem um estilo manuelino característico da arquitetura portuguesa.



O almoço não foi grande coisa, mas os pastéis de Belem fizeram jus a fama. Quentinhos, crocantes, únicos.
Como tinhamos nos comprometido no dia anterior, saímos da pastelaria e pegamos o bonde rumo ao castelo de São Jorge, onde curtimos um pôr do sol em um dos maravilhosos “miradouros” de Lisboa.






Sempre que falávamos em Portugal pensávamos (eu e o Dani) na festa para o paladar. Muito bacalhau (adoramos) e nos benditos doces. Já sabíamos que a farra seria boa mas hoje superou qualquer previsão. O abuso foi total! 
Alugamos um carro na Europcar e comecamos o dia com uma caminhada por Cascais, distante uns 20 minutos de Lisboa.


Boca do inferno


Andamos pela marina até a Boca do inferno e subimos para Sintra. Chegando lá fomos direto para o palácio da Pena.

Difícil de descrever, impossível de definir. Uma extravagância muito estilosa com um parque fantastico nos arredores.
Até aqui tudo bem! Caminhamos muito, subimos muita escada, nos exercitamos bastante. É até bom lembrar este começo de dia para apaziguar a consciencia porque a partir daí foi uma extravagância atrás da outra…

Do Palácio descemos para o centro de Sintra e como já estávamos famintos comecamos a procurar pelo restaurante Tulhas (mais uma dica da Patrícia do Turomaquia). Rapidamente encontramos (É bem perto do centro de informacões turísticas e um dos donos estava distribuindo folhetos e convidando as pessoas na rua) e a festa começou.
O restaurante é pequeno e aconchegante. No início ganhamos doses de Moscatel de Setúbal, um licor típico feito de uva. Eu e a Júlia fomos de bacalhau assado com molho de azeite quente e alho francês que estava fabuloso, já os meninos optaram por uma carne com molho de champignon, arroz e batatas que estava de comer ajoelhado (óbvio que eu experimentei). A continha foi baratíssima (quase metade daquele primeiro dia) e o sabor, inesquecível! Uma das boas razões para não demorar a voltar para estas bandas…
Depois de darmos uma voltinha pela cidade paramos na confeitaria Periquita para a sobremesa (travesseiro e queijadinha) e um cafezinho. Rsss
Voltamos para o hotel (infelizmente as criancas não tinham mais forcas para caminhar e desvendar a Quinta da Regaleira - mais outro motivo para voltar) tomamos um banho, nos restabelecemos com um breve descanso e… rumamos para o bairro Alto porque tinhamos uma reserva no Bota Alta, outro típico restaurante familiar português. Mais um bacalhauzinho (bacalhau real) e para fechar a noite um gelato de nata com moscatel, chocolate e frutas secas….
Só de falar já estou me sentindo uns dois quilos mais pesada.

De Lisboa descemos para o Algarve e da mesma forma que me senti super em casa em Lisboa, chegando mesmo a matar um pouco a saudade do Brasil, quando chegamos ao Algarve continuamos sentindo algo familiar, mas com uma pequena diferença: uma sensação como se estivéssemos na Inglaterra.
No hotel que ficamos só tinha ingleses, saimos para almoçar e encontramos pub, fish and chips e até os jogos do campeonato inglês sendo transmitidos. Canais do hotel? Ingleses. Barclays (nosso banco da Inglaterra) por todos os lados.  Parecia até que a lingua oficial era o ingles. Precisávamos avisar que éramos brasileiros para as pessoas se comunicarem conosco em português. Portuguese, please!!!!
As praias que conhecemos eram bem bonitas, grandes e com areia à la brasileira e a maioria era cercada por falésias e penhascos, o que particularmente me encanta muito. A água muito transparente é de um azul profundo e faz um belo contraste com as edificacões basicamente brancas. A arquitetura barroca que lembra muito as cidades históricas de Minas era quebrada com um pouco da arquitetura moura.


Albufeira foi nossa escolha para montarmos base por ser uma cidade maior e com muitas opções de hotéis. Lá curtimos a praia da Falésia. Uma praia bem extensa e com areia (o que nos surpreendeu bem positivamente).




Começamos a explorar a região pelo Cabo de São Vicente, também conhecido como o antigo fim do mundo. É bem interessante porque a forma brusca na qual o continente é interrompido e aquele horizonte azul com água e céu que não tem fim realmente nos dá a impressão de ser o fim do mundo. .




A fortaleza de Sagres é logo ao lado 




De lá seguimos para Lagos, que é bem charmosa e boa para uma caminhada.



No outro dia seguimos rumo ao interior até Silves, cidade que já foi capital do reino árabe. As atrações são a Catedral de Silves, do século XIII e o Castelo dos Mouros. Apesar de termos nos afastado um pouco do litoral, achamos  tudo bem perto e fácil. Aliás, essa facilidade foi a regra durante a viagem: boas estradas e bem sinalizadas.



Terminamos nossa viagem em Faro, a capital do Algarve.



Uma boa surpresa foram as praias. Acho que nenhum brasileiro espera muito de praia na Europa, talvez por isso elas tenham nos surpreendido. 





Gostamos muito do passeio pois nos atendeu em todos os aspectos que consideramos importantes ao escolher uma viagem: belezas naturais, arquitetura, cultura e gastronomia.



Um comentário:

  1. Adorei o texto cheio de detalhes. Estou pesquisando sobre as regiões de Portugal (para onde estou indo morar), mas a minha paixão é a Inglaterra. Estou achando coincidência demais ter vindo aqui atrás de Portugal e me deparar com England. Beijinhos.

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