quinta-feira, 18 de junho de 2015

Filhos, ter ou não ter? Eis a questão


Hoje o Vinicius está fazendo 1 aninho e eu fico pensando como minha vida mudou no ultimo ano. Do dia-a-dia  corrido do trabalho para uma rotina que não te permite ter hora pra dormir ou acordar, um dia-a-dia em que você almoça ou vai ao banheiro apenas se tiver um anjo para te ajudar, onde tomar banho e lavar a cabeça é um luxo e que fazer algo pra você se torna quase impossível.
Uma doação e dedicação que só quem é mãe entende a intensidade. E então eu fico pensando, quem não é mãe, quem não tem filho, o que deve pensar das pessoas que os têm?
Analisando racionalmente  fica fácil entender como tantas pessoas hoje optam por não ter filhos. Provavelmente, mães são ET's que desceram na terra com a missão de perpetuar a humanidade. Confesso que me  sinto meio "de outro planeta" quando percebo aquele olhar de espanto (e até reprovação) quando falo que tenho três filhos. Coisas de seres de outro mundo, não para pessoas comprometidas com o sucesso, com a carreira, com a liberdade, com a prosperidade. Afinal, além de todos os aspectos pessoais ainda existe o aspecto financeiro. Há pouco tempo vi uma pesquisa que estimava em 1 milhão de reais o investimento necessário para criar um filho. UM. Devo ser muito rica pra ter três!!
E esse também é  um dos principais argumentos para as pessoas que  têm apenas um filho  dizerem que vão ficar apenas com um porque não conseguiriam criar dois. Será mesmo que não? Será que a criança precisa ter os melhores brinquedos e no maior número possivel? Será que não seria interessante ensinar o filho a dividir? Será que ter um companheiro pro resto da vida (sim, porque é nossa família e nossos irmãos que, a princípio, estarão conosco pro que der e vier) não justificaria "tal investimento"? Sei que coisas essenciais como saúde e educação não são luxo e estão longe de serem baratas, mas será que precisa ser assim tão racional?
Analisando bem, acho que está aí a resposta. Na racionalidade. Se a gente for pensar, raciocinar demais, filhos só irão tirar nossa liberdade, apenas minarão nossos sonhos de viagens, carro do ano, entre outras coisas que o dinheiro pode comprar.
Por outro lado, você não terá e nem experimentará o prazer da doação (e o crescimento pessoal que isso nos traz) não vivenciará o que não é vendido por aí, entre eles conhecer o amor mais intenso, despretensioso e verdadeiro do mundo.
E hoje, mesmo com toda essa entrega, sacrifício e dedicação o meu sentimento é todo de amor e gratidão por mais esse presente do destino.

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